Dias Cinzentos Também Acontecem

Tem dias que estamos tão cinza quanto o céu lá fora. Tem dias que dentro de nós as nuvens estão tão carregadas que desanimamos, desmotivamos.

Foi assim dia desses comigo, ou melhor, foi assim numa quarta-feira de cinzas que estava muito cinza o tempo lá fora e o tempo dentro de mim.

Sabe aquele dia que você quer companhia, mas não sabe de quem?

Que você quer conversar, mas não quer falar? Que você só quer um colinho, um aconchego, um cafuné?

Que você quer algo que não sabe direito nem o que é? Foi assim comigo nesta quarta-feira de cinzas.

Passei o dia inteiro vendo filmes, até que no fim do dia, uma prima (de segundo grau) que há décadas não falava e nem a via, me chamou em uma rede social para conversar.

Confesso que relutei, falar ou não falar? Não estava tendo um bom dia e sabia que seria uma péssima companhia.

Mas a conversa fluiu tão gostosa, tão boa, que por duas horas esqueci que estava tão em baixo astral.

Ela me contou coisas da vida dela, que eu já havia passado e me peguei dizendo coisas para ela que nem sabia que estavam dentro de mim.

Depois da nossa conversa voltei e reli o que teclamos por quase duas horas e percebi que tudo que eu disse a ela, era como se eu estivesse dizendo a mim mesma!

Vez ou outra, todos passamos por isto.

Nos vemos no meio de um problema e encontramos alguém com um problema parecido, mas um pouco mais delicado do que o nosso, e nos pegamos dizendo coisas que no fundo também servem para nós mesmos.

A verdade é que temos as respostas sempre dentro de nós e quando verbalizamos um “conselho” para alguém é como se em nosso íntimo estivéssemos falando para nós mesmos.

Nos mostrando que as palavras que precisamos ouvir, sempre estiveram dentro de nós.

Foi uma conversa divinamente deliciosa com a minha prima.

Tanto para mim quanto para ela.

E de repente o dia deixou de estar cinza e ganhou um lindo céu azul.

Ouvir as estórias dela e dizer o que eu pensava, naquele instante me fez sair de uma tristeza e me fez acordar do desânimo e da desmotivação.

Senti que o que me inspira é ouvir as pessoas.

É poder dizer o que vai na alma sem medo.

É me permitir ouvir alguém que de repente, necessita mais do que eu naquele momento.

É descobrir que ouvindo a mim mesma, encontro as respostas que procuro.

Hoje o que me inspira é a amizade, os amigos.

Não importa a distância. Longe nunca será o bastante para aqueles que querem estar presentes não importando aonde quer que estejamos.

E pra você, o que te inspira?

Até a próxima inspiração.

Com carinho,

Fabi Lemes.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

© 2024, Silvia Zampilli Treinamento e Comércio Ltda© 2024, Silvia Zampilli Treinamento e Comércio Ltda - Desenvolvido por Extensão Digital

Conversar agora!
Estamos à disposição, só chamar!
Olá, como podemos te ajudar?