Alguém já se viu extremamente surpreso pela velocidade do tempo ultimamente? Pois é, eu também.
O ano mal começou e já estamos quase em Maio?
Temos tantos afazeres durante o dia, que ao invés de 24h, ele parecer ter apenas 12h. É trabalho, estudos, projetos, namoros, amizades, família…
Chega uma hora que, se não tomamos muito cuidado, parece que estamos fazendo tudo no piloto automático.
Às vezes sinto falta de fazer as coisas com mais consciência.
Estudar algo porque o assunto é interessante e não porque preciso da nota ou encontrar com os amigos por espontaneidade e não por obrigações sociais.
Hoje em dia temos uma agenda repleta de compromissos, e quando percebemos, estamos ligados no piloto automático.
Mas nessa correria toda, quando é que temos tempo para realmente sentir?
Sempre procuro acordar de manhã e agradecer por mais um dia, mas a verdade é que na maioria das vezes acordo atrasada, com o despertador tocando no meu ouvido, e tanta coisa pra fazer que confesso agradecer na correria.
Precisamos nos atentar as sensações que a vida nos proporciona.
Faça um bolo só para sentir seu cheiro. Leia um livro só para abastecer sua dose diária de imaginação.
Ouça uma música que invoque memórias.
Vá até a banca e procure conversar com o jornaleiro. Dê um abraço só porque é gostoso.
Cozinhe só para compartilhar amor.
Tome banho só para sentir suas energias se renovarem!
Pode ser que não seja fácil fazer isso.
Às vezes, durante a correria nos esquecemos de sentir e agradecer.
Acabamos nos convencendo que no próximo dia vai dar tempo, mas até quando vamos ficar adiando?
O tempo passa tão rápido, e quanto mais ele passa menos tempo nós temos.
Será que no dia que finalmente tivermos tempo vamos poder desfrutar de tudo isso?
Será que um dia vamos poder tomar um café só porque é gostoso e não porque precisamos ficar acordados?
Precisamos dar valor para as coisas pequenas e inusitadas.
Precisamos sentir mais a vida, e não só passar por ela.
Vejo crianças ao meu lado que conseguem ter mais compromissos do que eu, e sinceramente não consigo imaginar do que vai ser nosso futuro se continuarmos assim.
Talvez um monte de pessoas bem sucedidas que nunca experimentaram os sentimentos mais peculiares da vida…
Renata Ambrosio
